TRABALHO PESSOAL- PLANEJAMENTO E
DESENVOLVIMENTO DE UMA ATIVIDADE DE LEITURA
Escolhi algumas atividades já trabalhadas com meus alunos no
primeiro semestre e que foram propóstas
pelo “ler e escrever”. (3º ano) Hoje
continuo trabalhando a leitura baseando-me nas atividades já trabalhadas,
apenas vou variando os tipos textos trabalhados.
LEITURA DE PARLENDA E
POEMA
OBJETIVOS:
·
Divertir-se
com uma parlenda ou um poema.
·
Utilizar
as estratégias de seleção, antecipação e verificação, considerando o que já
sabem sobre o sistema de escrita, para localizar algumas palavras.
PLANEJAMENTO:
·
Quando
realizar? No início do ano ou enquanto houver alunos não alfabéticos. Organize durante a semana, nos momentos em
que o restante da turma estiver fazendo atividades de ortografia.
·
Como
organizar os alunos? Em duplas nas quais ambos ainda não dominem o sistema de
escrita alfabético e escrevam segundo hipóteses próximas.
·
Quais
os materiais necessários? Cópias dos modelos das atividades .
·
Qual
é a duração? Mais ou menos 30 minutos.
ENCAMINHAMENTO:
·
Antes
de distribuir as cópias, ensine a parlenda ou leia o poema para a turma toda.
·
Organize
as duplas considerando seus conhecimentos sobre o sistema de escrita.
·
Explique
que terão de buscar no texto as palavras indicadas pelas figuras. Par isso, os
alunos poderão usar índices como a letra inicial ou final; também será útil o
conhecimento que já tem do texto, uma vez que está memorizando ( não sabem
exatamente onde está cada palavra, mas sabem que uma está no início, outra, no
final etc).
Sobre a aula...
Apesar dos alunos ainda
não estarem alfabéticos, fizeram as atividades em um tempo relativamente
rápido. Eles utilizaram todas as extratégias de leitura que estamos estudando
no letra e vida. É muito bom entender o que acontece no processo de leitura e
todos os meios utilizados pelos alunos para realizarem esse tipo de atividade.
COMO SE APRENDE A LER E A ESCREVER OU, PRONTIDÃO,
UM PROBLEMA MAL COLOCADO
(TELMA WEIZ)
Pesquisas sobre o processo de alfabetização mostram que, para
poder se apropriar do sistema de escrita as crianças precisam construir
respostas para duas perguntas: “O que a escrita representa? E “Qual a estrutura
do modo de representação da escrita?
Uma pesquisa feita em Recife
exclareceu que a criança não compreende aque a escrita representa a fala, o som
das palavras e não o objeto em si.
Ao começar a se dar conta das
características formais da escrita, a criança constroi duas hipóteses que vão
acompanhá-la por algum tempo durante o processo de alfabetização. Para elas é
preciso um número mínimo de letras para que esteja escrito alguma coisa e que é
preciso um número mínimo de variedades de carácteres para que uma série de
letras “sirva para ler”.
Enquanto a criança não encontra
respostas as duas perguntas citadas no primeiro parágrafo, ela tenta adequar a
escrita, algumas com desenhos, outras , utilizando as letras do próprio nome em
diferentes ordens.
A HIPÓTESE SILÁBICA
É o avanço entre as hipóteses
anteriores da criança e as informações que a realidade lhe oferece. O que
caracteriza essa hipótese é a crença de que cada letra representa uma sílaba.
Essa hipótese é falsa, porém, é
necessária e muito mais verdadeira do que as hipóteses anteriores, pois já
entendeu que a escrita representa os sons da fala. As pesquisas de Emília
Ferreira, em 1982 com crianças de 1ª série mostraram que 85% precisaram desse
“erro construtivo” para chegar a hipótese alfabética.
Sem dúvida é uma fase de grande
avanço conceitual e uma enorme fonte de conflito cognitivo.
Para superar, é necessário uma
concepção dialética do processo de aprendizagem, uma concepção que permita ver
a ação do aprendiz construindo o seu conhecimento, onde o professor é o
mediador entre aquele que aprende e o conteúdo as ser aprendido.
O CAMINHO DA HIPÓTESE ALFABÉTICA
As ecritas silábicas e
silábico-alfabetica têm sido consideradas como patologias pela escola sem conhecimento
do processo.
Compreendendo essas hipóteses com que
a criança está trabalhando, passa a ser possível problematizá-la para que gere
avanços na compreensão do sistema de escrita. E assim a criança aprende a ler.
·
Divertir-se
com uma parlenda ou um poema.
·
Utilizar
as estratégias de seleção, antecipação e verificação, considerando o que já
sabem sobre o sistema de escrita, para localizar algumas palavras.
PLANEJAMENTO:
·
Quando
realizar? No início do ano ou enquanto houver alunos não alfabéticos. Organize durante a semana, nos momentos em
que o restante da turma estiver fazendo atividades de ortografia.
·
Como
organizar os alunos? Em duplas nas quais ambos ainda não dominem o sistema de
escrita alfabético e escrevam segundo hipóteses próximas.
·
Quais
os materiais necessários? Cópias dos modelos das atividades .
·
Qual
é a duração? Mais ou menos 30 minutos.
ENCAMINHAMENTO:
·
Antes
de distribuir as cópias, ensine a parlenda ou leia o poema para a turma toda.
·
Organize
as duplas considerando seus conhecimentos sobre o sistema de escrita.
·
Explique
que terão de buscar no texto as palavras indicadas pelas figuras. Par isso, os
alunos poderão usar índices como a letra inicial ou final; também será útil o
conhecimento que já tem do texto, uma vez que está memorizando ( não sabem
exatamente onde está cada palavra, mas sabem que uma está no início, outra, no
final etc).
Sobre a aula...
Apesar dos alunos ainda
não estarem alfabéticos, fizeram as atividades em um tempo relativamente
rápido. Eles utilizaram todas as extratégias de leitura que estamos estudando
no letra e vida. É muito bom entender o que acontece no processo de leitura e
todos os meios utilizados pelos alunos para realizarem esse tipo de atividade.
TAREFA DO DIA
13/10/2011
O que é ler?
Ler é uma atividade
extremamente rica e complexa, que envolve não só conhecimentos fonéticos ou
semânticos, mas também culturais e ideológicos. Pode ser um processo de
descoberta, uma tarefa desafiadora, ou mesmo lúdica. Porém, será sempre uma
atividade de assimilação de conhecimentos, de interiorização, de reflexão. Mais
que decodificação, a leitura é uma atividade de interação, onde leitor e texto
interagem entre si, obedecendo a objetivos e necessidades socialmente
determinados.
A leitura sempre irá depender do que a
pessoa já sabe, das experiências adquiridas ao longo da sua vida. Qualquer
atividade – inclusive a da leitura – se desenvolve na convivência com o próprio
mundo. Um indivíduo aprende a ler quando relaciona o que lê com seu
conhecimento de mundo, ou seja, com as experiências que traz em sua “bagagem”.
Assim, cada pessoa terá uma leitura particular de um mesmo texto, dependendo do
seu conhecimento prévio.
Cabe ao professor guiar o aluno e
encorajá-lo a usar todo o seu conhecimento prévio para que possa participar
ativamente do processo de leitura, utilizando seus procedimentos de
interpretação de modo a interagir com o texto, em busca do seu significado.
Ler não é somente juntar letras e formar palavras, mas
também, e, fundamentalmente, significa saber interpretar, decodificar a
mensagem. É, antes de tudo
construir sentidos para o que se lê.
É por isto, que
muitas vezes o "leitor" não consegue obter informações num texto
lido. Para obter estas informações e, consequentemente, construir sentidos, é
preciso considerar os conhecimentos prévios que o leitor possui sobre o assunto
e a interação com o suporte de leitura.
Além disto, as
influências cognitivas, tais como as crenças, as opiniões ou atitudes e até
mesmo a motivação ou objetivos diferentes, atuam na construção da representação
sobre o evento ou o enunciado, o que faz com que ao ler um mesmo texto,
diferentes leitores construam significados diferenciados, produzindo diferentes
tipos de inferências.
Para Paulo Freire:
“dizer algo do
processo em que me inseri enquanto ia escrevendo este texto que agora leio,
processo que envolvia uma compreensão crítica do ato de ler, que não se esgota
na decodificação pura da palavra escrita ou da linguagem escrita, mas que se
antecipa e se alonga na inteligência do mundo. A leitura do mundo precede a
leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da
continuidade da leitura daquele. Linguagem e realidade se prendem
dinamicamente. A compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura crítica
implica a percepção das relações entre o texto e o contexto”.
O que é ler?
Ler é uma atividade
extremamente rica e complexa, que envolve não só conhecimentos fonéticos ou
semânticos, mas também culturais e ideológicos. Pode ser um processo de
descoberta, uma tarefa desafiadora, ou mesmo lúdica. Porém, será sempre uma
atividade de assimilação de conhecimentos, de interiorização, de reflexão. Mais
que decodificação, a leitura é uma atividade de interação, onde leitor e texto
interagem entre si, obedecendo a objetivos e necessidades socialmente
determinados.
A leitura sempre irá depender do que a
pessoa já sabe, das experiências adquiridas ao longo da sua vida. Qualquer
atividade – inclusive a da leitura – se desenvolve na convivência com o próprio
mundo. Um indivíduo aprende a ler quando relaciona o que lê com seu
conhecimento de mundo, ou seja, com as experiências que traz em sua “bagagem”.
Assim, cada pessoa terá uma leitura particular de um mesmo texto, dependendo do
seu conhecimento prévio.
Cabe ao professor guiar o aluno e
encorajá-lo a usar todo o seu conhecimento prévio para que possa participar
ativamente do processo de leitura, utilizando seus procedimentos de
interpretação de modo a interagir com o texto, em busca do seu significado.
Ler não é somente juntar letras e formar palavras, mas
também, e, fundamentalmente, significa saber interpretar, decodificar a
mensagem. É, antes de tudo
construir sentidos para o que se lê.
É por isto, que
muitas vezes o "leitor" não consegue obter informações num texto
lido. Para obter estas informações e, consequentemente, construir sentidos, é
preciso considerar os conhecimentos prévios que o leitor possui sobre o assunto
e a interação com o suporte de leitura.
Além disto, as
influências cognitivas, tais como as crenças, as opiniões ou atitudes e até
mesmo a motivação ou objetivos diferentes, atuam na construção da representação
sobre o evento ou o enunciado, o que faz com que ao ler um mesmo texto,
diferentes leitores construam significados diferenciados, produzindo diferentes
tipos de inferências.
Para Paulo Freire:
“dizer algo do
processo em que me inseri enquanto ia escrevendo este texto que agora leio,
processo que envolvia uma compreensão crítica do ato de ler, que não se esgota
na decodificação pura da palavra escrita ou da linguagem escrita, mas que se
antecipa e se alonga na inteligência do mundo. A leitura do mundo precede a
leitura da palavra, daí que a posterior leitura desta não possa prescindir da
continuidade da leitura daquele. Linguagem e realidade se prendem
dinamicamente. A compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura crítica
implica a percepção das relações entre o texto e o contexto”.